quarta-feira, 24 de julho de 2013

Europa - Paris

Conhecer a Europa sempre foi um sonho para mim, e quando passei no vestibular pela segunda vez (dei a louca e tranquei Direito para fazer Cinema), fui comemorar fazendo o meu tão sonhado mochilão.

Fui com a minha amiga Yasmin e o nosso roteiro incluia: Paris, Versailles, Disneyland, Roma, Vaticano, Veneza, Munique e por fim, Londres. Nossa viagem durou 28 dias (fomos no final de janeiro de 2010 e voltamos no final de fevereiro). Decidimos ir a menos lugares para poder realmente conhecer cada um. Tem gente que faz 10 cidades em 20 dias e, honestamente, não como conseguem conhecer tudo, especialmente se vão de avião para os lugares. Normalmente dia de pegar vôo era dia perdido, então no mínimo precisam-se de 2 noites em um lugar: um para chegar, um para passear e outro para viajar para o próximo destino.

Na época eu comprei as passagens em uma promoção da AirFrance, saiu por R$1.800,00 ida e volta, Rio-Paris. Hoje é possível achar preços ainda mais em conta, além de que podemos chegar por um lugar e voltar por outro, o que facilita demais, já que é menos um vôo para pegar (explico melhor essa confusão de vôos e bagagens nos próximos relatos.

Nós programamos a nossa viagem por um tempão, durante meses erámos insuportáveis, porque só falávamos sobre isso. Então, quando chegou o bendito dia (a mala já pronta há mais de 10 dias por conta da ansiedade), fomos para o aeroporto  e SUPRESA: vôo cancelado.

Como o nosso primeiro vôo era para Paris, íamos junto com uma outra amiga, Clarinha, e a mãe dela. Quando a Clarinha me disse que o vôo tinha cancelado, eu achei que ela estava de brincadeira. Não podia ser verdade.

Mas era.

Fomos perguntar sobre a situação no caixa da AirFrance e nos disseram que não tinha o que fazer e que teríamos que ir só no dia seguinte. Imagine uma pessoa frustrada. Era eu. Nosso roteiro tinha sido programado detalhadamente, e um dia a menos significaria um dia a menos em Paris, onde já ficaríamos menos tempo do que queríamos. Eu estava pronta, encapotada de roupa de frio até o pescoço. Voltar para casa com as minhas malas seria deprimente.

Depois de muito insistir, ligações, olhar vagas em sites de passagem e descobrir que tinham vagas em vôos parceiros, conseguimos que nos colocassem em um vôo da Ibéria, em classe executiva!

Woo-hoo!

Há males que vem para o bem.

Eu nunca tinha viajado de executiva (e imagino que não viajarei de novo tão cedo) e realmente é uma beleza, apesar de eu achar a comida pior do que a classe econômica (mas eu sou chata para comer, então acho que não conta). O vôo foi tranquilo e faria escala em Madrid (o nosso antigo vôo era direto para Paris).

Chegamos em Madrid e o aeroporto estava lotado... nossa conexão era de menos de uma hora e por muito pouco não perdemos o vôo.

Dica: nunca pegue uma conexão com menos de uma hora e meia, especialmente se você vai precisar fazer imigração.

Chegando em Paris, SURPRESA N˚2: Cade as malas da Camilla?

Extraviadas. 

Porque eu sou assim. Enviada de Murphy. Queridinha dele.

E curiosamente, essa tinha sido a primeira vez que eu não tinha levado uma muda de roupa na mala de mão. Fomos no guichê (não adianta nada falar inglês e espanhol por lá) e a amiga francesa da Yasmin ajudou a comunicar ao pessoal da companhia a situação. Eles acharam minha pobre mala (tinha ficado em Madrid) e ficaram de levar na casa dela no dia seguinte às 8 da manhã.

Nós iamos ficar nesse apartamento, mas chegando lá SURPRESA N˚3: Não iria caber todo mundo no apartamento, no dia seguinte iriam chegar mais duas e não caberia todo mundo.

E lá saio eu e a Yasmin por Paris, procurando por um hotel (tudo caro), comida (tudo caro) e um lugar para comprar uma roupa (tudo caro) para que eu pudesse ao menos tomar um banho. Ligamos para a Clarinha e conseguimos uma vaga no hotel dela, Victoria Hotel se não me engano. Um hotel muito simples, preço meio salgado pelo que era, mas bem localizado e tinha café da manhã.

Comprei minha câmera tão desejada na época, minha primeira "profissional": Canon 1000D, ou mais conhecida como Rebel Xs. Essa foi a minha companheira por quase dois anos, até eu trocá-la pela 60D ano passado.

Dormimos e eu acordei às 7 da manhã do dia seguinte porque tinham avisado que a mala chegaria às 8h.

Deu 8h.

Deu 9h.

9:30h

11h

12h

E nada da minha mala chegar.

Nessa hora meu humor estava ótimo: presas no apartamento, sem roupa, perdendo horas preciosas que poderíamos estar gastando pelas ruas de Paris!

A felicidade em pessoa: começando o mochilão com pé direito.

A mala enfim chegou, lá pela 1h da tarde. Troquei de roupa e pegamos um taxi para o hotel. Finalmente eu pude ver Paris com a luz do dia! Linda! E começou a nevar (ou se você pode chamar de neve... caíram uns floquinhos, mas para mim, que até então nunca tinha visto neve na vida, aquilo era encantador!).

Deixamos as malas no hotel e seguimos para a Torre Eiffel!

Que emoção avistar aquele monte de ferro! haha Aí sim, me senti em Paris.



Decidimos não subir, porque falaram que era muito frio e a melhor vista de Paris é do Trocadero. 

Temos que tomar muito cuidado quando andar por lá porque como tem muitos turistas, tem também muita gente esperando um distraído para furtar a bolsa. 

Um golpe muito comum é uma mulher que deixa cair um anel e vem te perguntar se é seu. Enquanto você olha o anel, vem uma criança por trás e abre a sua bolsa. Tentaram esse golpe com a gente, mas como já tinham tentado com a minha tia uns meses antes, na hora fomos embora sem dar atenção.

Lanchamos em uma padaria bem francesinha mesmo (comer em restaurante é uma fortuna), toda decorada e fomos para Champs Élysées.



Logo avistamos a grande loja da Louis Vuitton e tivemos que entrar. Parece um mundo de tão grande. Só que era a mesma coisa que sermos invisíveis. Ninguém veio falar com a gente. Perguntar se queríamos alguma ajuda. Todas as vendedoras só davam atenção às asiáticas (que realmente compram para caramba). Não nos importamos (apesar de nos sentirmos um pouco ofendidas), pelo menos assim poderíamos passear pela loja, de vários andares, e olhar tudo sem ninguém perturbando atrás.




Fomos então em busca do Arco do Triunfo, que fica no final da Champs, mas tirar uma boa foto lá é um sufuco.


Muito frio!

Na Champs encontramos uma das maiores Disney Stores que eu já vi, e tivemos que entrar (na época eu não ia à Disney em anos).


Champs Élyseés à noite

Deixamos para ir ao Louvre no outro dia. Nós passamos 6 dias em Paris, sendo que um iríamos para Versailles e o outro na Disneyland, então, tivemos que optar para onde ir, porque não ia dar tempo de fazer tudo.

No dia do Louvre estava muito frio, e estávamos todas mal de gripe, a diferença de temperatura do verão carioca para o inverno europeu acabou com a gente. O tempo feio, com chuva, mas lá fomos nós.


O Louvre estava bem cheio, e eles tem certos dias que abrem para o público de graça. Esse não era um desses dias e tivemos que pagar. Acho que foi algo como 12 euros.

O museu é absurdamente imenso e é impossível de ver tudo num dia só. Tinham paredes que seguravam tantos quadros que era difícil até de apreciar qualquer coisa, tamanha informação junta. Decidimos focar nas principais obras que queríamos ver.

Venus de Milo 


Claro, o que não podia faltar de forma alguma era a La Gioconda ou, como é mais conhecida, Mona Lisa. Sempre me falaram que o quadro era pequeno... mas nunca imaginei o quanto ele era pequeno. Juntando isso ao fato dele ficar protegido por uma parede de vidro, cordões de proteção e que existem vinte dois milhões de japoneses na frente tirando foto - não importa quando você vai, eles estarão lá - as chances de você realmente ver a moça do sorriso misterioso são pequenas. Além disso, ouvimos várias histórias sobre o quadro ter sido roubado várias vezes, então nem sei se esse realmente é o original. Honestamente, nunca vamos saber.

Mas tinha que tirar a foto, né? 


E como sou eu, não podia deixar de pagar um miquinho básico derrubando a faixa de proteção. E esse era apenas o primeiro de muitos.

O tiozinho super feliz comigo.

A Clarinha cismou que queria achar um quadro, e a gente rodou aquele museu inteiro atrás do bendito. Mais de uma hora se foi e nada... eu disse para ela que se o quadro fosse minúsculo, eu ia matar ela.

E claro, eu com minha boca de balde, não poderia estar mais certa:




 Juro que eu acho que era o menor quadro do museu.


Fizemos outros passeios na cidade, mas andamos muito sem a câmera e as fotos que tiramos na rua com a minha câmera pocket foram todas perdidas porque fui furtada em Roma. Então lá se foram minhas fotos em Montmartre, Moulin Rouge e pelos lugarezinhos bonitinhos de Paris.

Trocadero


Próximo relato: Versailles.














3 comentários:

  1. Poxa Camila que perrengue logo no início da viagem hein...primeiro voo, depois malas...porém para compensar que linda Paris! Foto linda na Torre Eiffel!E que frio!Que pena que vc ficou sem as fotos, essa é a pior parte pra mim...
    Ótimo relato!

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    1. Isso porque eu ainda não contei o perrengue da volta (nós voltamos por Paris também)! Esse merece um post só dele! Mas qual é a graça das viagens sem perrengues, né? Eles acabam dando nas melhores histórias, as mais engraçadas (apesar de não ser nem um pouco engraçado quando acontecem!).

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    2. Meu Deus! Só quero ver o que aconteceu!!Podem até acontecer os perrengues, só não podem atrapalhar muito né..rsrs...mas digo que sempre vale a experiência..rsrs..
      PS: Tô lendo os relatos aos poucos para durar mais...kkkk

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