domingo, 28 de julho de 2013

Vaticano

O Vaticano é uma cidade-Estado soberana e fica dentro da cidade de Roma. Nós fomos para lá de metro e achamos bem tranquilo.

Chegando ao Vaticano
Como o Vaticano é minúsculo (menor país do mundo em território e população), não demora muito para você achar a Basílica de São Pedro.




Você pode subir para a cúpula da Basílica, e para chegar lá tem duas formas: pagando 5 euros, você pode subir apenas usando as escadas, somando no final 551 degraus. Pagando 7 euros você sobe até o início da cúpula de elevador e então sobe os 320 degraus restantes a pé mesmo.

É claro que escolhemos a segunda opção (e mesmo assim quase morremos quando chegamos lá em cima - essa juventude de hoje em dia...). 

A subida é surreal. Para conseguir chegar lá em cima você tem que passar por corredores não apenas super estreitos, mas também inclinados. Isso tudo com degraus! E você sobe, sobe, sobe e não chega nunca.


As fotos estão péssimas, mas dá para ter uma idéia de como é lá dentro.



A pior parte de todas para mim foi a escada em caracol, minúscula, que parecia não acabar nunca. E você vai subindo e tem uma pessoa logo atrás de você, ou seja, não tem como desistir e voltar, tem que continuar subindo. E nisso tudo, só tem uma corda no meio para você segurar. Eu ficava vendo um monte de gente de idade subindo e ficava imaginando o que fazer se alguém tropeçasse ou passe mal no meio do caminho, porque realmente não tem como passar mais do que uma pessoa por lá, muito menos carregar alguém.



Reparem em como é pequeno o espaço, parece uma cápsula. Se alguém tem claustrofobia, esse é uma passeio que pode cortar do seu roteiro, pois você vai passar por vários lugares assim até chegar no topo da cúpula.

Finalmente chegamos no topo e estava LO-TA-DO. O espaço lá em cima também não é muito grande, então a locomoção é complicada. Mas a vista é realmente maravilhosa, e lá de cima é possível ver toda a cidade de Roma.




Bom, lá em cima isso é tudo que se tem para fazer mesmo, olhar a vista e descer (e lá vamos nós andar pelos lugares minúsculos e labirintos de novo). Como é lotado e desconfortável, a maioria tira e foto e desce mesmo. Achei a descida menos pior do que a subida, mas é como dizem, descer todo santo ajuda. ;)

Ficamos de bobeira um tempo lá em baixo, tirando fotos e descansando depois dessa maratona de escadas (dá para fazer muitas fotos legais lá em baixo!). 


Saímos e fomos procurar algum lugar para comer. A melhor pizza de Roma é a pizza quadrada que você compra na rua, e foi esse o nosso almoço no Vaticano. Além de barata, é realmente uma delícia.



Depois de comer fomos para o Museu Histórico do Vaticano.

Para conhecer a Capela Sistina, é preciso entrar no museu.

O museu é muito bonito e tem várias obras, a parte que eu achei mais legal foi a do Egito que tinha, dentro de outras coisas, múmias de milhares de anos.




A gente foi mesmo porque queria ver a Capela Sistina, mas andamos tudo e não conseguíamos achar a bendita. Parece que no Vaticano eles pegam os lugares que todo mundo quer visitar e colocam num ponto onde você precisa andar pelo resto da cidade inteira para chegar.



Mais uma bronca... não pode sentar na mureta!

Continuamos andando e nada... mas pelo menos o lugar é bonito!



Finalmente chegamos na Capela (e eu não sei porque, mas não tenho nenhuma foto. Agora não lembro se é porque lá dentro não se pode fotografar ou se é porque eu perdi mesmo). A Capela é basicamente um espaço enorme com todo mundo olhando para o teto tentando encontrar, no meio de tanta pintura, a famosa "A Criação de Adão",  de Michelangelo.

Capela Sistina, by Google

A Criação de Adão

Praticamente um "Onde Está o Wally?" conseguir achar, mas enfim encontramos e terminamos de andar pelo museu.





É um passeio bem legal, mas que eu acho que uma vez na vida é o suficiente para se fazer!

Próxima parada: Veneza!


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Itália - Roma

Chegou a hora do nosso segundo destino na Europa: Roma.

A Clarinha e a Tia Carla ficaram em Paris e eu e a Yasmin seguimos viagem. Era um lugar muito esperado porque eu sempre adorei tudo relacionado a Itália (e tenho descendência italiana) e era um lugar que a Yasmin também nunca tinha ido (ela morou na Inglaterra por um tempo e conheceu bastante lugares).

Nós compramos o vôo de apenas ida pela Easyjet. Vale muito a pena, pois os vôos são muito baratos. Compramos com antecedência e saiu por menos de 30 euros. O único porém é que você só pode levar uma bagagem de mão e uma mala de até 23kgs (isso se você comprar pelo site com essa opção de mala, caso contrário, é só a bagagem de mão. E para despachar a mala quando chega lá, o que infelizmente só descobrimos na última hora no nosso último vôo - precisaríamos despachar uma segunda mala, é um absurdo de caro. Comprando pela internet, sairia 11 euros + 17 euros por quilo da mala. Imagine isso.

Nós pegamos um transfer do hotel para o aeroporto. Fomos pelo Orly de Paris, que fica mais perto da cidade do que o Charles de Gaulle.

Nosso vôo estava atrasado (não que tenha causado surpresa, não tivemos sorte com nenhum vôo/trem entre as cidades), mas chegamos em Roma bem.

Lá no aeroporto tem vários transportes para a cidade, e nós pegamos um transfer (esse era um grande ônibus) que deixava na estação Termini, que ficava perto do nosso hotel. Custou 15 euros e vale a pena, a distância do aeroporto para a cidade é um pouco longa.

Eu falei que estava louca para conhecer a Itália, mas preciso dizer que apesar de ter amado a cidade de Roma e esta ser definitivamente a que mais nos divertimos na viagem, o povo italiano decepciona demais. Eles são muito grosseiros, a ponto de assustar mesmo, vou dar uns exemplos mais a frente, e se você acha que o povo brasileiro tenta extorquir os turistas, você vai aprender um novo significado para essa palavra quando chegar à Roma. Em tudo, TUDO, eles vão tentar tirar vantagem de você. Eles não fazem absolutamente nada por pura boa vontade. Desconfie de qualquer ajuda que eles tentem te dar sem você pedir.

No site do nosso hostel dizia que ele ficava a 5 min da estação Termini, mas como estávamos com malas, fomos ver um taxi. E ali começou. O taxista ficou tentando enganar a gente, que era longe dali e que cobraria 20 euros de cada para nos levar no hotel. Recusamos e saimos andando mesmo.

Não deu outra, o hostel era apenas à três quadras dali.

Nosso hostel foi excelente, o melhor que nós ficamos durante toda a viagem e também o com o melhor preço. Ficavamos sempre em quartos exclusivos e com banheiro, e esse era bem espaçoso e o banheiro era enorme (você vai entender a alegria de ver um chuveiro de verdade depois que você for à Paris, lá eles só usam chuveirinho, não tem ducha). Porém, como nada é perfeito, o hostel não tinha elevador (quase nenhum tem na Europa) e nós ficamos no 4˚ andar. Era um sufuco subir e descer com as malas. O hostel também oferece café da manhã (decente) e pizza (bem ruim, mas era de graça) à noite. Recomendo bastante, o staff é super atencioso, o hostel é bem localizado, bom preço e quartos legais. O nome é Hostels Alessandro.

Comer em Roma é outro sufuco. Tínhamos aquela idéia estereotipada de que a comida da Itália é a melhor do mundo e... não na Itália. Não sei se era porque não tínhamos como pagar os melhores restaurantes e íamos nos mais normais, mas eu comi melhor em restaurantes italianos de todos os lugares do mundo do que os próprios da Itália. Sem contar na grosseria dos garçons. Teve um dia que sentamos para almoçar em um restaurante. Era cedo ainda e só tinhamos nós duas sentadas no restaurante inteiro. Estávamos olhando o menu por menos de 5 minutos quando veio um garçom perguntar se ainda íamos demorar porque se fosse iríamos ter que sair porque estávamos ocupando a mesa. Isso porque só tínhamos nós no restaurante! Pensamos em sair e ir em outro lugar, mas tempo em viagem é precioso e estávamos morrendo de fome, então acabamos comendo por lá mesmo. Pedimos uma lasanha e veio péssima e cara (em restaurantes lá eles cobram o prato, a gorjeta do garçom, o uso dos talheres e o uso das mesas).

Felizmente, descobrimos um restaurante pertinho do hotel que era maravilhoso, com garçons super atenciosos e gentis, comida boa e barata. A gente ia toda noite lá, pedia uma pizza (bem fininha) e uma garrafa de lambrusco e saía menos de 10 euros por pessoa. E no final às vezes eles levavam um pedaço de torta para a gente de brinde. Mas nos nossos 9 dias na Itália, esse foi o único restaurante com pessoas assim que encontramos.

Eu não lembrava o nome, mas procurei no Google Maps e é esse aqui:


Esperando a pizza
Roma não é uma cidade muito grande, e nós fazíamos tudo a pé, e no final do dia e para sair a noite nós pegávamos um taxi. Do centro da cidade até o hotel dava cerca de 7 euros. Só pegamos o metro mesmo para ir ao Vaticano.

O Coliseu não ficava muito longe do hotel e como queríamos conhecer bem, fomos andamos, até porque você vai encontrando coisas muito legais pelo caminho, como por exemplo esse Vespa cor de rosa:



Vespas são muito comuns em Roma. A cidade foi toda construída ao redor das ruínas, então as ruas não fazem o menor sentido. Não existe isso de rua paralela e transversal, você entra numa rua e vai parar em um lugar completamente louco, além do fato de algumas serem bem estreitas e não dar para os carros passarem.

Caminhando para o Coliseu passamos também pelo monumento a Victor Manuel II, que estava em reforma na época. Os italianos não gostam muito dele não, acham que enfeia a cidade.

Monumento a Victor Manuel II


Chegamos no Coliseu ainda pela manhã estava bem vazio.





Achei meio caro para entrar pelo passeio que era (não lembro o preço, mas não era baratinho não), mas quando em Roma... (literalmente aqui).




Durante o passeio conhecemos uma brasileira que estava por lá sozinha, e ela acabou fazendo o tour com a gente. O nome dela era Patrícia e ficou de pegar as fotos com a gente, mas nunca mais encontramos.


Saímos do Coliseu e fomos andar um pouco pela cidade, que estava uma loucura com todas as lojas com liquidações finais de inverno, tudo com 70% e 80% de desconto. E não tínhamos nem como comprar muita coisa, porque nossa mala não podia ultrapassar o peso!

A Diesel na época estava com uma propaganda muito legal, e não importa por onde passávamos, lá estavam as plaquinhas do "Be Stupid". Marcou a nossa viagem.

Be Stupid
Lembram que eu disse que eu aprendo com os meus erros? Pois bem, aprendi em Paris, né, porque aconteceu o mesmo em Roma. Tinha saído só com essa blusa de lã rosa e chegou a noite e... congelei. Acabei comprando um casaco da Itália (que, ok, eu já queria comprar) e continuamos andando. É muito engraçado, porque não importa para onde fossemos, acabávamos sempre na Fontana de Trevi. A primeira vez que chegamos lá foi completamente inesperada e ficamos embasbacadas com a beleza que ela é, a noite, enorme, e toda iluminada (e claro, com centenas de turistas em volta).


Lá ficavam várias pessoas batendo fotos polaroid e tentando vender. Um cara tirou uma minha com a Yasmin e depois tentou vender, a gente disse que não queria, depois ele disse que ia dar de presente. Mas é claro que ele não ia dar de presente, no final acabamos dando 5 euros a ele só para ele parar de encher o saco, e ele ainda ficou reclamando que era pouco. Por uma única foto polaroid! 


E claro, não podia deixar de jogar a moedinha e fazer um pedido.




No outro dia fomos ver as ruínas do Forum Romano, que ficavam bem pertinhas do hotel. É impressionante ver como Roma é considerada uma cidade grande e cresceu ao redor de tantas coisas que contam histórias de milênios atrás.



Fomos de novo na Fontana de Trevi, dessa vez para tirar foto de dia (mas realmente, a gente sempre acabava lá sem querer, não sei como).


Fomos andar pelo resto da cidade, acabamos encontrando uma pracinha (tem praças por todos os cantos em Roma) e nela ficava a embaixada brasileira. Caso alguém precise de ajuda por lá, ela só fica aberta das 13 às 17h!

Embaixada do Brasil


Lá em Roma tem uma rua só de grifes também. É uma loja mais chique que a outra, mas só fomos passear mesmo, porque comprar... não dava nos nossos bolsinhos!

Aproveitamos também e fomos visitar o Panteão, o único edifício construído na época greco-romana que ainda se encontra em perfeito estado de conservação. Quando foi criado, em 37 a.C, era utilizado como templo dedicado à todos os deuses do Panteão romano. A partir do século VII, tornou-se um templo cristão.



Era dia de jogo na Itália e minha foto foi ligeiramente invadida por torcedores.


O Panteão é realmente um lugar incrível.




Saímos de lá e fomos tomar um sorvete italiano, afinal, também é famoso por ser o melhor do mundo... ui ui ui, não sei se foi azar e escolhemos a pior sorveteria de Roma, mas o sorvete tinha a cara linda, porém era bem ruinzinho, com gosto de água.



Fazer noitada em Roma é muito legal.

Saímos em plena segunda-feira, e tivemos uma grande surpresa, pois nos divertimos demais. Pedimos ao taxista para nos levar em algum lugar legal e ele nos levou em um bar chamado Il Giganti, que também ficava em uma praça.

À princípio éramos as únicas pessoas no bar, e o pessoal que trabalhava lá nos deu vários drinks de graça e o DJ deixava a gente escolher as músicas. Foi muito divertido. Depois chegou outro grupo de brasileiros e um trio de italianos e ficamos por lá um tempão. Depois os italianos chamaram a gente para ir em outro bar. Fomos e lá furtaram a minha câmera. Não sei se foram os italianos ou alguma pessoa que trabalhava nesse outro bar, mas a câmera sumiu do meu bolso. Procuramos tudo e nada. Fiquei arrasada, pois lá estavam todas as minhas fotos das nossas saídas à noite (eu só usava a câmera DSLR durante o dia, pois é um trambolho de carregar).

No dia seguinte fizemos um pub crawl e foi demais também. Pub Crawl é um passeio onde um grupo vai parando em vários bares e boates pela cidade e em cada um deles você ganha um shot de bebida. Foi proibido em vários lugares depois de muitas pessoas passarem mal, mas ainda tinha esse em Roma. A nossa guia era americana, o ingresso custou 25 euros, com as bebidas e transporte incluso. Nós nos encontramos primeiro em um restaurante e lá ficamos um tempo. Eles deixavam várias bebidas em cima da mesa. Conhecemos várias pessoas legais, entre elas duas russas super curiosas pelo Brasil e um grupo de meninos de vários lugares da Europa. Vale a pena fazer. O mais engraçado foi que o último lugar que paramos foi uma boate que só tocava música brasileira... música brasileira velha! Falamansa e Ivete Sangalo dominaram.

Outro dia que saímos e fomos de novo no Il Gigante, dessa vez com a câmera da Yasmin. Encontramos lá os meninos que conhecemos no pub crawl e foi bem legal!

Como já era mais perto do final de semana, estava bem cheio.



Roma é uma cidade linda, encantadora e muito rica em história. Só é preciso mesmo tomar cuidado com certas pessoas. No final, minha imagem da cidade foi bem positiva, pois me diverti demais no meu tempo lá. Certamente gostaria de voltar um dia!

Próximo relato: Vaticano.